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Av. Nossa Senhora do Ó, 865 - Cj. 614 - Limão / São Paulo - SPA publicação que apresenta o panorama da formação de preços de planos de saúde no país foi atualizada e está disponível para consulta. O Painel de Precificação de Planos de Saúde, estudo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), está em sua 7ª edição e informa dados sobre os valores médios praticados pelo mercado de saúde suplementar em 2018. O documento apresenta as informações de planos de acordo com a segmentação assistencial e tipo de contratação e aborda diversos componentes da precificação, como o reajuste por mudança de faixa etária e custo médio das despesas assistenciais (consultas médicas, exames, internações, outros atendimentos ambulatoriais e terapias).
As informações são elencadas a partir dos números fornecidos pelas operadoras nas Notas Técnicas de Registro de Produtos (NTRPs). Essas notas reúnem as estatísticas consideradas para a formação do preço inicial dos planos que serão comercializados pelas operadoras, ou seja, os valores iniciais que podem ser cobrados do consumidor. É possível que haja uma variação dos preços informados de até 30% acima ou abaixo na comercialização do plano de saúde. As operadoras devem respeitar esse limite. Assim, não é adequado utilizar a média de preços do Painel para comparar com os valores praticados pelo mercado, pois pode haver mudanças em relação ao preço final.
“Para compreender a formação de preço dos planos de saúde, é importante conhecer os custos desse setor, refletidos por fatores como o aumento na utilização dos serviços. O Painel de Precificação se tornou um aliado importante para entender como esse custo tem se apresentado para os diversos atores desse mercado”, explica Rogério Scarabel, diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS.
A partir das informações da publicação, é possível verificar e comparar, por exemplo, a variação percentual de preço por região e Unidade Federativa segundo a segmentação e o tipo de contratação do plano de saúde (individual ou coletivo); as médias dos reajustes por mudança de faixa etária; os itens de despesa assistencial que fundamentam a precificação dos produtos disponíveis para comercialização; e as despesas não assistenciais que são adicionadas na composição do preço de venda dos produtos, como custos administrativos e comerciais das operadoras.
O diretor Rogério Scarabel lembra, ainda, que a proposta da publicação não é acompanhar os preços cobrados pelas operadoras, uma vez que a Agência não define valor de produto, mas perceber a evolução dos custos e dar mais transparência aos dados do setor para reduzir falhas decorrentes da assimetria de informações.
Aumento dos custos
O aumento dos custos da saúde suplementar reflete-se na precificação, conforme se pode verificar no Painel. No período de 2014 a 2018, o item “terapias” aumentou 107,5%; “internações hospitalares” cresceu 73%; “exames”, 46,3%; e o item “consultas médicas” aumentou 41,8%. Os dados contemplam o acompanhamento feito no conjunto dos planos individuais e coletivos, considerando-se os valores da faixa etária dos 44 aos 48 anos. Pela publicação também é possível observar o comportamento da frequência de utilização do plano, importante componente dos custos da saúde suplementar.
A publicação mostra ainda que, no geral, o custo médio por evento é 1,5% menor nos planos individuais do que nos planos coletivos. Entretanto, a frequência de utilização anual e o custo por beneficiário (custo por exposto) são mais altos nos planos individuais do que nos planos coletivos – frequência 35,4% maior e custo 11,8% maior. Quando desagregados os itens de despesas assistenciais, é possível verificar que o custo médio em consultas e exames nos planos coletivos é maior, enquanto nos planos individuais o maior custo é com internações.